quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Self-esteem

Quanto tempo tem de passar para que se sinta que se fez alguma coisa boa, que se atingiu uma meta, ou simplesmente que a vida nos corre bem?
Para algumas pessoas estes sentimentos são atingidos aos 18 anos, para outras aos 40, outras nunca lá chegam...penso que depende sempre onde pomos a nossa própria "fasquia", o que nos leva a desistir de tentar, a acomodar-nos...
Quão alta está a minha fasquia? Onde quero colocá-la? Quando sei que já atingi o topo da felicidade?
Não sou especialista na matéria, nem em ter sucessos, nem em saber qual a melhor altura para que aconteçam!
Se acredito que estou a viver um bom momento? Sim, acredito mesmo! Se quero mais? Claro que sim!
Dizias-me tu que, " Se sentes que estás bem, então é porque estás! Se achas que és feliz, então é porque és!". Sabes, essa ficou cá dentro!
Não somente para mim, mas em relação a ti também....permite-me compreender-te, preocupar-me contigo, sabendo que a tua fasquia foste tu que a definiste! E isso é bom! Respeito isso! Porque a tens!
Cada pessoa tem a sua maneira muito própria de classificar a felicidade. E isso deve ser respeitado!
Com que direito te dou eu lições de vida? Eu acho que estou bem, mas isso não é a opinião de mais ninguém...é a minha! E a minha opinião, na minha vida (agora já) conta!
Lá diz o ditado que quando maior a subida, maior é a queda. o Ícaro ficou mesmo sem as asas e caiu.
Mas, (talvez) se eu vir cada patamar da minha vida como um novo inicio talvez a coisa possa ser vista com outras interpretações....
Se construirmos cada "patamar" da nossa vida com uma base suficientemente forte par (tentar) não cair ou arranjando estratégias para que, como sabemos que queremos subir, as "asas não se queimem", talvez seja possível efectivamente atingir (alguma) paz e humildade, necessárias para conseguir atingir minha fasquia ou colocá-la onde a quero.
Sim, tenho consciência de que, se apenas olhar para o meu espelho, se achar que estou "intocável" posso deixar de ter a noção da necessidade de manter a minha humildade e correr efectivamente mais riscos....
Sinto (agora) que estou em maior controlo das minhas "variáveis", que já sei "conduzir" o meu "complicómetro" e que, só sabe verdadeiramente de mim, quem é efectivamente meu amigo!
Existem duas formas de viver a vida: Uma é acreditar que não existem milagres. Outra, é acreditar que aquilo que vemos, temos, sentimos ou ouvimos são um milagre por si só! Mesmo que tenhamos sido nós a "provocar" esse milagre....o olhar de felilcidade de um filho, o chefe que te elogiou por alguma coisa que fizeste, um carinho que deste e que te foi devolvido....


"Perguntei a um sábio,
a diferença que havia,
entre Amor e Amizade,
ele disse-me esta verdade:
O Amor é mais sensível,
a Amizade mais segura.
O Amor dá-te asas,
a Amizade o chão.
No Amor há mais carinho,
na Amizade compreensão.
O Amor é plantado e com carinho cultivado,
a Amizade vem faceira,
e com troca de alegria e tristeza,
torna-se uma grande e querida companheira.
Mas quando o Amor é sincero,
ele vem com um grande amigo,
e quando a Amizade é concreta,
ela é cheia de amor e carinho.
Quando se tem um amigo ou uma grande paixão,
ambos sentimentos coexistem dentro do seu coração."

William J. Bennett