quarta-feira, 25 de maio de 2011

Já passou tanto tempo assim?

Quantas vezes faço eu esta pergunta?
Quantas vezes revejo uma pessoa e "reparo"...-Puxa há quanto tempo não te via?!?!
-"Boa, já tens carta!"-"Estás a brincar!!! Já tens esses filhos todos?"...A minha vizinha que "ontem" tinha 3 anitos já tem um namorado? Ou outra que já vai ao ginásio?"
O mais curioso de tudo isto, destes acontecimentos e frases que todos temos é nunca estarmos alerta para "será esta a última vez que te vou ver?".
"Acabou agora mesmo o 12º ano......adeus para sempre!" Não certamente assim a despedida, deve mesmo ter sido "tchau"!
Mas, vendo bem, tantos outros que fizeram ou ainda fazem parte da nossa vida...tantos....
Até os dos meus ciclos mais próximos...nunca sabemos quando acontecem coisas que façam não nos tornarmos a ver..e não me refiro apenas a acidentes e morte....por exemplo ir trabalhar para fora, ou mesmo cá dentro também são exemplos...
O que mais me deixa inquieto é mesmo a sensação...o sentimento de que possa acontecer...o valor que eu devia dar só pelo facto de estar com alguém, de falar com ela, de rir ou chorar com ela...de sentir...de partilhar...de me identificar com ela...
É obvio que eu entendo estes acontecimentos...compreendo que não se pode ser amigo de todos ao mesmo tempo, nem prever o futuro.
A verdade é que andamos todos preocupados com a nossa vida....sem ter muito tempo para pensar na dos outros....ou, pelo menos, andamos apenas sem tempo...
Já o Sérgio cantava que "Cá se vai andando, com a cabeça entre as orelhas...", mas essas já eram as velhas...que cantavam em coro...
A conclusão a que chego é que, devia valorizar mais "os momentos", todos "os momentos" em que estou bem disposto, os ambientes onde estou bem, onde me sinto eu, onde sei que quero voltar!
A vida é feita de uma gestão de prioridades e de oportunidades....e essa é a principal razão para que se faça esta pergunta tantas vezes.....
...Mas dá que pensar.....

domingo, 22 de maio de 2011

Reencontro

Ontem encontrei uma pessoa...aliás, reencontrei uma pessoa para ser mais preciso...Uma pessoa que conheci à apenas uns meses.
A verdade é que não o via à cerca de apenas duas semanas.
Parece não ser muito, mas quando vemos a coisa da minha actual perspectiva, quinze dias podem ser uma eternidade....
Se eu tive vontade de falar com ele ou dele durante este tempo?
Sim, considerável vontade.
Se o fiz? Bem, acho que tentar conta alguma coisa...
Pois bem...Ele tornou-se muito importante para mim nestes últimos meses, ele sabe-o, eu demonstro-o, recompenso-o, falo dele...quase sempre coisas boas...quase sempre...
Eu agora já consigo ver um exemplo nele. Já o observo e o critico se o tiver de fazer. Ele próprio tem essa vertente...a vertente de me criticar, aconselhar, guiar...
Mas ele não me tenta mudar, nem a mim, nem a ele. Ambos gostamos de ser assim! Ambos estamos muito orgulhosos com as nossas conquistas, com os nossas metas, com as nossas novas competências humanas.
Somos tão parecidos no que respeita a ter de viver ou ter vivido algum processo penoso, para que a "vida nos bata na cara" e nos saibamos defender...
Defendermo-nos? De quem? Infelizmente por vezes temos mesmo de nos defender de quem não desejamos que nos "ataque".
Estamos diferentes eu e ele! Acho que efectivamente para melhor.
As pessoas que nos rodeiam também sentem isso, algumas demonstram-no, outras não comentam e apenas observam...o que, sabendo tirar partido disso, não é obrigatoriamente mau...
Como já deves ter entendido, eu e ele somos apenas um...
Nos últimos quinze dias andei mais sem os meus filhos....e o Eu (solo) "saltou" mais...sem no entanto se esquecer SEMPRE do Eu (Pai, amigo).
Tem sido um caminho penoso...mas, aparentemente, com a atitude, paciência e progressão correcta!
Estou-te grato por isso... e tu sabes bem o quanto me tens ajudado!

quinta-feira, 12 de maio de 2011

O filme

Recentemente esteve em cena um filme entitulado "Comer, Orar, Amar".
Para quem não viu, tratava a vida de uma senhora (Julia Roberts) que, após o seu divórcio, se empenhou em conhecer-se a si própria...

Ora, como sabes, ando a fazê-lo à uns meses...e sim, hoje já consigo erguer a minha cabeça e sentir-me bem comigo e estar bem melhor contigo!

Se considerar a semana em que estou sem os meus lindos, queridos e complementares filhos, ando muito mais em comezanas, saídas, discotecas, bares e afins...um pouco como a 1ª parte deste filme onde ela vai para Itália para conviver, divertir-se e...comer.

Ora, Sabado vou para a India...que no filme corresponde à parte espiritual da coisa...curiosamente também na India...o Orar.
Ainda não tenho a certeza de o conseguir, mas acho que quero fazer uma sessão qualquer de yoga ou qualquer outra coisa "típica" de lá....mas muito atípica para mim...talvez meditação...

A fase seguinte deste filme é "Amar"...onde ela, efectivamente, após se descobrir, encontra (sem estar efectivamente a procurar) a sua felicidade...

Talvez seja esse o caminho, deixarmo-nos de nos preocupar com o que não conseguimos controlar....e conseguir ser levados pela vida...
Usufruir, agradecer aos verdadeiros amigos e (sempre) a Ele, não apenas em pensamentos, mas por acções, por contágio, por exemplo...efectivamente transparente em vez de querermos passar a imagem de alguém que não somos...
Como posso dizer a "outros" que sejam felizes, se eu próprio não o demonstro, não o vivo, não usufruo...

Talvez ai....esteja a resposta para a minha cabeça complicada.....veremos depois de vir da India...

Pode ser que a minha vida dê um filme......Indiano...;-)

á Suivre....

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Erros por defeito

Por vezes assumimos coisas, vivemos situações, agimos de determinada forma.

Tomamos posições, verificamos padrões e tiramos ilações ou mesmo conclusões, sem ter certezas, sem confrontar, só porque sim...

Quantas vezes esses não são "erros por defeito"? Teus, meus, nossos...
Quantas vezes não tens a certeza de que uma coisa seja mesmo assim e, mesmo assim, acreditas, passas a "informação" daquilo que pensas ter reparado, ou mesmo daquilo que ouviste que não do próprio...
Quantas vezes eu e tu queremos acreditar sem duvidar de tudo?...

Andamos todos sem tempo para pensar nas consequências de determinado acto ou situação. Sem tempo para verificar!

Eu ando a pensar nestes meus...Quais são os meus "erros por defeito"?
Quais as coisas que assumo ou que assumia serem imutáveis e que efectivamente são erros, de pensamentos, actos ou acções...

E depois, ainda vem aquela forma fácil de tratar estes ditos "erros por defeito":
- Eh pá, ele(ela) foi sempre assim, isso não dá para mudar...não há nada a fazer.
Não podia estar mais em desacordo...há sempre uma forma de mudar...E para melhor muda-se sempre! (Só a dormência profunda "reduz" esta exclamação)

Há sempre outro lado em nós, que teima não acordar... talvez por esperar sempre o pior, mas que deseja um final feliz...
O que há é o estigma da sociedade, dos grupos onde te inseres e até por vezes da família...
-Tens de ser assim! -Porque não fizeste desta forma? -O normal não é agir-se assim...

Estigmas, não mais que isso...e "erros por defeito"...