domingo, 23 de janeiro de 2011

O Costómimo

-Então filha já está?
-Sim pai, e puxei o "costómimo"
-O quê?
-O "costómimo"
-.....ok

Bem, acho que quando repete exactamente igual sempre que o diz é porque na cabeça e à maneira dela a coisa estará certa....

Tradução: Costómimo= Autoclismo

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Healed head on the way

"Society is afraid of alonedom, like lonely hearts are wasting away in basements, like people must have problems if, after a while, nobody is dating them.
But lonely is a freedom that breaths easy and weightless and lonely is healing if you make it.
(…)
Cuz if you’re happy in your head than solitude is blessed and alone is okay."

Today I woke up happy...
That just might mean...I am getting there!

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Toníte


Time is never time at all
You can never ever leave without leaving a piece of youth
And our lives are forever changed
We will never be the same
The more you change the less you feel
Believe, believe in me, believe
That life can change, that you're not stuck in vain

We're not the same, we're different tonight
Tonight, so bright
Tonight
And you know you're never sure
But you're sure you could be right
If you held yourself up to the light
And the embers never fade in your city by the lake
The place where you were born
Believe, believe in me, believe
In the resolute urgency of now
And if you believe there's not a chance tonight
Tonight, so bright
Tonight
We'll crucify the insincere tonight
We'll make things right
, we'll feel it all tonight
We'll find a way to offer up the night tonight
The indescribable moments of your life tonight
The impossible is possible tonight
Believe in me as I believe in you, tonight

domingo, 2 de janeiro de 2011

O olhar profundo

Assustei-me quando reparei o olhar profundo que ele tinha....
Já tinha reparado nele, quando me havia sentado na mesa para ler o meu livro e beber o chá.
Tinha um ar carregado, profundo, a emanar uma infelicidade tão grande que assustava por ser quase contagiante...
Estava a beber imperiais, sozinho, a fitar o mar...apenas isso...a fitar o mar e a beber cerveja.
Com cerca de 40 anos, vestido de um típico casual de fim de semana, correcto.
Nas restantes mesas, o típico de Domingo à tarde em Carcavelos, uns casais de namorados, grupos de amigos, alguns com filhos pequenos, enfim, o normal de uma tarde de "quase-sol" com uma temperatura bem agradável em Janeiro.
Na praia os usuais surfistas, cães a passear os donos e um monte de gente a passear no paredão e mesmo na areia. Verifiquei, observei, confirmei uma vez mais, o número de pessoas que anda na rua com um ar tão infeliz...Aparentemente, as pessoas que tinham crianças pequenas, a brincar, estavam mais sorridentes...mas é só uma observação.
Mas os olhos....os olhos dele é que me chamaram a atenção. Assustaram-me porra. O homem estava num estado de suspense, tão pensativo que acho que se o abordasse ele nem reparava que falava para ele. Se calhar deveria tê-lo feito, perguntar se estava tudo bem (como se fosse necessário perguntar), mostrar-me prestável para ajudar....mas a verdade é que não tinha nada com isso...Tinha-lhe acontecido alguma coisa à muito pouco tempo, à tão pouco tempo que as reacções dele eram ainda nulas, dormentes, o tal olhar profundo batia tudo o que o rodeava...
Não o fiz, não o abordei, acabei o meu chá, paguei e saí. Provavelmente mais rapidamente do que seria de esperar, sem acabar o capítulo, esta pessoa estava a incomodar-me.
Fui passear à beira mar, ao longo da praia.
Soube-me mesmo bem, gosto de Carcavelos, já lá fui muito feliz....
Gostei deste meu final de tarde, mas fiquei a pensar neste olhar...